Mas afinal o que Γ© a kimbanda?
Bom como sempre foi em toda minha vida nos meus melhores escritos, foram feitos quando estava apaixonado, ou preenchido por um sentimentoβ¦
Bom como sempre foi em toda minha vida nos meus melhores escritos, foram feitos quando estava apaixonado, ou preenchido por um sentimento, assim seguiremos mais este projeto de escrever alguns textos sobre estes meus novos aprendizados que parecem ser bem apreciados pela comunidade que estou me inserindo, isto acabou virando organicamente um trabalho devocional e minha parte na troca em adquirir conhecimento e replicΓ‘-lo.
Sem mais delongas vamos ao assunto a ser abordado.
Bom ela Γ© uma releigiao muito seria, focado no culto ancestral a entidades ligadas a ExΓΊs e Pomba Gira ( Nkisi Npambu Njila que significa senhor dos Caminhos), resgatando um dos caminhos da ancestralidade Bantu. Com claras influΓͺncias de ritos de pessoas indΓgenas, feitiΓ§aria, kimbundo-bantu, nagΓ΄-yorubΓ‘, traΓ§os em algumas linhagens de demonologia Europeia, alΓ©m Γ© claro de traΓ§os da bruxaria ibΓ©rica.
Se distanciando de ritos como os de Umbanda, por ser focado ΓΊnica e exclusivamente ao que na umbanda chamam de βGira de Esquerdaβ. SΓ£o os ritos comuns dentro da Kimbanda. Existem algumas diferenΓ§as bem caracterΓsticasΒ :
ImolaΓ§Γ£o com a sacralizaΓ§Γ£o e mΓ‘ximo respeito a vida que serΓ‘ tirada para fortalecer os trabalhos.
Ensinamentos filosΓ³ficos ancestrais com os adeptos
Ensinamento prΓ‘tico de feitiΓ§os e prΓ‘ticas comuns dessa egrΓ©gora
Forte IncorporaΓ§Γ£o
Energia densa do templo
Conversa clara e objetiva com Exus e Pomba Gira e Preto-velho Kimbandeiros da casa.
Um culto 100% brasileiro, nascido de espΓritos revoltados que nΓ£o aceitaram a catequizaΓ§Γ£o cristΓ£.
Se conectando a espΓritos como ExΓΊs, jΓ‘ se entende que exista comumente uma amoralidade na tradiΓ§Γ£o e moral cristΓ£. Isso obviamente nΓ£o tem relaΓ§Γ£o alguma com βFaz o que bem entendeβ¦β, pois se o fizer serΓ‘ muito cobrado por pelo Exu responsΓ‘vel pela casa, como uma das penas Γ© ser expulso da EgrΓ©gora/FamΓlia. Afinal eles nΓ£o possuem intenΓ§Γ£o alguma de ferir a moral de alguΓ©m, apenas eles consideram que ela nΓ£o existe, estΓ‘ alΓ©m dos seus valores! Lembrando que esse tipo de valor/cultura estΓ‘ ligado a tradiΓ§Γ΅es Judaico-Crista, coisa que nΓ£o se encaixa nesse tipo de culto.
Na cultura brasileira a Quimbanda Γ© a mais genuΓna e representativa via espiritual (pela mescla negra/indΓgena/europeia) que possui como tΓ΄nica a subversΓ£o ao sistema. Ela se desvinculou da Umbanda justamente por nΓ£o aceitar os ideais de embranquecimento ditados por aquela.
Pelo fato de que a Quimbanda Γ© um culto que vai na contramΓ£o do sistema vigente, Γ© natural que os espΓritos que ingressam em suas legiΓ΅es sejam subversivos aos valores deste, sendo opositores, contestadores, questionadores. livres-pensadores, revolucionΓ‘rios, amorais, etc. Geralmente os espΓritos que trabalham na corrente da Quimbanda sΓ£o antigos xamΓ£s, mestres caboclos. bruxos. alquimistas, feiticeiros. guerreiros, assassinos, dentre outros que se encaixam na vibraΓ§Γ£o energΓ©tica do culto exercendo suas forΓ§as nas linhas de Exu e Pombagira. SΓ£o espΓritos com esses atributos que βsentem o chamado de MaioralββββOs Caminhos da Serpente: IntroduΓ§Γ£o Γ QuimbandaΒ : TatΓ‘ CaratΓΊ
Esse texto faz parte do trabalho de aprendizagem ancestral entre Bruno Lorencini e Gabriel Mateus Moreira